sexta-feira, 2 de maio de 2014

Para onde tende seu coração


               Vou iniciar este post buscando fazer uma reflexão sobre a busca da felicidade e da verdade, não quero aqui fazer nenhuma explanação filosofica ou teologica, mas uma reflexão pessoal.
Em muitas das conversas que tenho com amigos percebo o quanto nossos conhecimentos tem sido fundamentados em sentimentos ou sensações que temos de algo. Quantas vezes já conversei com pessoas que acham que o divino ou Deus são algo que não cabe pra quem faz uso da razão. Ora pois é justamente o uso da razão que nos leva ou nos apresenta um caminho de desconstrução daquilo que temos como "verdades". O método científico que conhecemos sempre primou pela observação e, mensuração, seja quantitativa ou qualitativa. Mas busca na teoria do bigbang verdades, tem ela como dogma. Podemos observar racionalmente que ninguém estava no dia do bigbang para medir, observar e ainda temos um outro principio que precisa ser posto além. O que havia no nada? Parece ilógico vermos isso, mas para algo existir é preciso antes termos algo.
               Bem não é aqui que quero pautar meu pensamento, mas antes denotar quão grave é a crise humana, o quanto estamos deixando de usar o método racional de observação. Basta olhar quantas pessoas brigam para poder satisfazer cada um a sua vontade, tendo nisso um algo que chamam de principio de liberdade, se tudo tende a isso, logo logo teremos que ter um código de civil para cada sujeito ou sujeito a cada pessoa.
               Segundo Aristóteles em Ética a Nicomaco, toda nossa moral tende para algo que nos quer fazer feliz, que nos quer preencher, e nesta busca incessante da felicidade o sujeito toma vícios, coisas, mas quando ele percebe que estas mesmas coisas não o satisfazem ele volta o olhar para si, e é justamente neste retorno a si que consegue ver o quão desesperado por uma satisfação interna ele estava que precisou preencher o vazio com coisas. Um exemplo clássico disso são os acumuladores que podemos ver em programas de TV ou pesquisas dos EUA.

O coração do homem tende sempre para o belo o bom o nobre, mesmo que ele não o saiba ou não o faz, pois mesmo quando ele rouba o principio ou a energia psíquica que usou para o roubo é no mais profundo algo bom, o uso desta energia para tirar algo de outrem que se denota como um erro moral. Pois o coerente seria ele trabalhar, suar seu rosto para usufruir do benefício que ele almeja.

Não existe nenhuma mulher que não busque se arrumar, a não ser que ela sofra de algum distúrbio psíquico ou de alguma perseguição, mas todas a mulheres buscam a beleza. Infelizmente o conceito de beleza e estética no mundo moderno tem se esquivado para longe do racional e partido cada vez mais para apenas o uso da sensação, prova disto que são raros os artistas que pintam, desenham, escrevem dentro da proporção áurea, também chamada de proporção divina.

Bem neste ponto que chego, a proporção divina, ou seja o conceito de belo alcança seu ápis quando ele tem um modelo de beleza, que Agostinho irá afirmar ser Deus, Platão apontará também para Deus, pois ele tornando assim a moral a ética e qualquer valoração eterna. Tirando pois a moral de algo Ideal (princípio platônico) temos então destruído qualquer modelo de beleza, de ética e de valor. Assim pendendo o coração do homem mais uma vez somente para a busca da satisfação de si e não mais a busca da Felicidade que se encontra no eterno. Assim vemos então perder a cada dia mais os valores como gentileza, pois primeiro me sirvo eu, perdemos os valores cavalheiriços, pois as feministas clamam por direitos iguais e aqui se inclui tudo ( inclusive de um homem a tratar uma mulher como um outro homem), e o ser honesto, pois já que uns fazem algo errado eu me dou o direito de também faze-lo. Poderia citar mais uma infinitude de exemplos, mas me atenho a estes para a reflexão de hoje.

E termino: Para onde Tende seu CORAÇÃO?


Agradeço meu confrade, Vinicius Fernandes, pela conversa que me inspirou este texto.

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