quarta-feira, 28 de maio de 2014

Eu Sinto Tanto Amor

Nestes tempos loucos, de devaneios e falsas locuções, me atrevo a escrever sobre Amor.
Bem, pra quem pensa que irá sair um texto romântico, poético, lúdico com cheiro de rosas ou regado com um bom vinho se engana.

Em terras dantes Tupiniquins, depois Lusitanas e por hora Ignaras vamos falar de amor na sua realidade. Não contada em verso nem em prosa.

Primeiro, amor não é sentimento.

Ai meu Deus! Estou ficando louco?! Como assim amor não é sentimento? 

Amor não é ferida que arde, sem doer, não é um contentamento, e mais aquele monte de coisas bonitas que ficam bem na poesia. Amor é uma certeza humana, uma busca pelo bem, pelo belo, por tudo que há de mais perfeito, logo então temos que o amor exige sacrifícios. Por isso em nossa cultura ocidental, tantas vezes contada e agora desvirtuada, o príncipe enfrenta as feras pra salvar a donzela em perigo e com isso conquista seu amor.

Vamos entender este logica, clara. Como poderia ela amar quem nunca tivera antes conhecido. E se o príncipe for ao estilo Shrek, ela deixaria então ele de lado?

Ah o amor! Tão pintado, tão cantado, tão escrito. Feito isso justamente para tirar sua mais real característica que é a decisão por algo. Vejamos. Se perguntares a um atleta se ele ama esporte, ele dirá que ama. Certo? Mas entretanto ela passa horas malhando, mais tantas horas fazendo dietas, mais tantas horas alongando, outras tantas na fisioterapia. Ai lhe pergunto, como pode um sujeito amar algo que lhe faz sofrer? Por isso mesmo, porque ele descobriu que aquilo era bom pra ele e com isso enfrenta tudo aquilo que lhe impede de acertar o alvo. 

Não é atoa que o Apostolo Paulo já dizia: "Nenhum soldado é coroado se não jogar segundo as regras" (2 Timóteo 2). Pois é assim mesmo o amor é como uma corrida, como um exercício quotidiano. Para amar é preciso muito mais que flores, beijos, palavras doces. 

Está ai a crise tremenda que estamos vivendo da racionalidade humana, quando dizemos ou postamos que os animais nos amam. Tenha dó, os animais cuidam, se acostumam ou respondem ao carinho que tu o dá. Lembro quando criança que eu tinha um cachorro chamado Snarfe, foi doado a uma outra família, ele vivia comigo, depois de muito tempo sem o ver fui até esta casa, chegando lá ele me atacou. Como assim se ele me amava e vivia grudado em mim. Pois bem os animais tem sentimentos, tu quando estás sentindo dor tem sentimentos, pois os sentimentos passam pelas nossas sensações e a isso que o mundo atual chama de amor eu chamo de Paixão e das mais baratas, pois flerta com quem dar um pouco mais de carinho. 

O amor exige sacrifícios, exige entrega, exige libertação quotidiana de si. Por isso tantas pessoas se estão indo no caminho da escuridão, pois não vivem mais o amor, mas buscam a satisfação no outro, através do sexo ( por isso as novelas ao estilo plim plim, enfatizam que quando um casal se encontra numa noite qualquer eles fazem "amor"), amor é muito mais que relação sexual, se for somente isso quando um ou outro não o puderem fazer o amor se acaba como temos visto, em revistas de femininas de conteúdo duvidoso e imbecilizado. 

Este amor que falo é um amor que gera completude, é um amor pouco vivido nos dias atuais, pouco conhecido. É um amor pensado, decidido feito de palavras que valem ouro, não de palavras e efêmeras e jogadas ao vento. Falo de um amor que é mais "forte que a morte", amor estilo ao dos primeiros Cristão que se espelhavam em Cristo, que deu seu sim por amor e foi até as ultimas consequências. Falo de amor que supera as diferenças diárias, falo de amor que vai além de corpos, além de sexo, além de eros. 
Um amor assim é pra vida toda e para além dela, é um amor que supera tudo aquilo que possa de encontro.
Não este amor balelas como querem cantar, amor que não gera vida, amor que não gera nada, amor que sai da ordem natural, amor que sai da ordem racional e transforma o homem e a mulher em um mero fruto do acaso ou animais. Este amor ateu desfaz qualquer valor magno, desfaz qualquer princípio de intelectualidade e transforma tudo em um puro e simples sentimentalismo ( mais puro e barato) que em nada tem a ver com princípios de beleza. 

Então este amor que falo é o amor de faz a mulher ser colocada como Rainha de sua casa e homem como Rei de Sua família. Este amor coloca homem e mulher lado a lado, não um contra o outro, este princípio e diabólico no sentido literal de divisor. O amor que põe o homem e a mulher de igual pra igual estraga toda as diferenças naturais de um e de outro. Mulheres devem ter leis de mulheres, espaços de mulheres, lugar de mulheres. Homens devem ter leis de homens, espaços de homens, lugar de homens. Somente o amor real, lógico, racional entende isso, paixão com pseudônimo de amor não compreende nem quer isso, pois acha que isso vai destruir sua liberdade, quando ao contrário a liberta, pois o amor torna o homem e a mulher a ser homem e mulher, não serem escravos de alguma coisa que junte os dois numa outra coisa. 



"Foge das paixões da mocidade, busca com empenho a justiça, a fé, e caridade, a paz, com aqueles que invocam o Senhor com pureza de coração." 2 Tim. 22

terça-feira, 27 de maio de 2014

Só Falta Relinchar

Bem. Uma palavra por vezes bonita, por vezes malvada, por vezes filantrópica. 
Deixa eu explicar. Quando tu vês uma casa bonita como sinônimo de muito bonita podes dizer, ela é bem bonita, já por algumas outras vezes podes falar de alguém e dizer, ela é bem malvada, e para falar de uma pessoa caridosa ou bondosa podes dizer, ela é uma pessoa bem boa.  Neste ultimo caso juntamos dois adjetivos para evidenciar o quanto a pessoa é boa, somasse a este o bem e o boa.

Nos últimos meses, ou anos não sei, tenho cada vez mais sentido asco de ser brasileiro. E por favor não me venha com aquele velho discurso patriótico ao estilo tropicália querendo dizer que aqui é uma terra boa, que as pessoas são felizes que isso não me satisfaz nem me convence mais. O maucaratismo é tamanho que todo mundo que fazer o que bem entende.   

As pessoas fingem que são educadas, fingem que sabem, fingem que pensam, fingem que entendem, chega a ser ridículo do ponto de vista humano. Basta olhas no transito, são motoristas que não dão seta, outros cortam sua frente, outros estacionam errado, pedestres que atravessam a rua como se ela fosse o corredor da sua casa, e se reclamas ainda o sujeito quer ter razão. É quase que de origem endêmica. 


Salvo alguns que ainda tem valores e atitudes reais de moral. De fora parece que vivemos nos tempos da caverna. Outro dia numa conversa com uma prima, Luciane, refletíamos como seriam as coisas se tivéssemos a educação de ontem com a fartura das coisas de hoje. Mas seria muito, seria demais exigir de uma população inteira que somente estuda segundo a literatura do MEC, alunos que não sabem nem concatenar uma frase inteira, seria exigir demais.


Pior é exigir do jovem de dezoito anos que ele de soluções para o futuro, segundo Platão para um sujeito ser rei, antes ele precisa ser guerreiro, depois artista e por ultimo filosofo. No Brasil para um sujeito ser rei ou governante, primeiro ele precisa se orgulhar de seu analfabetismo, segundo saber reclamar e protestar, terceiro beber muito e por ultimo e mais importante, saber passar todo mundo no bico. Assim teremos o sujeito perfeito para governar este país e querer o baluarte ou arauto de moral para todos os outros compatriotas, ainda quando algo der errado o mesmo ensina a resposta, " eu não sei de nada". Ecce huomo. 



Este são os heróis nacionais, estes são os maiores brasileiro, ganhando prêmios doutor honoris causa, bem aqui temos a resposta do porque tantos universitários são analfabetos funcionais. O grande herói contemporâneo não estudou e tirou diproma de doutô

Espero eu um dia poder ver meu país nos trilhos e não se perdendo cada vez mais. São poucas as almas REACIONÁRIAS, que ainda tentam mudar as coisas, que buscam usar a racionalidade e o bom senso para justificar as atitudes e não apenas relinchar a ignorância e querendo ensinar, pois a burrice mata, mata o caráter, mata a moral e mata o bom senso e se não mata é arrotada de forma escrota ou vomitada de maneira a querer parecer inteligente.

domingo, 25 de maio de 2014

Heróinas?

Tenho acompanhado as notícias e visto tanta Coisa desagradável Que me faz um bem não ter Tv nenhum apartamento. Lendo locais de Reportagens vi Opaco ESTA Semana Aconteceu uma Marcha das Mulheres desocupadas, desordeiras e promiscuas, soluçar o título de "das marcha vadias", com letra usei minuscula de proposito, pois tenho convicção de tais mulheres não representam mulheres de Verdade, como minha namorada, minha mãe, minhas tias, minhas primas, minha sogra ou tantas mulheres amigas. Ver aquelas mulheres semi nuas em forma de protesto e segurando cartazes escrito ditos como, "meu corpo, minhas regras" ou "quero dar para quem eu quiser" me fez pensar. 

Primeiro sabemos que o corpo é dela, sim corretíssimo, mas a rua e qualquer outro outro são feitos para todos e o corpo sendo dela, não lhes confere um direito ou o direito de expor a sociedade toda a usa nudez, se o quer fazer vá viver com os índios no Amazonas, lá eles vivem assim.
Segundo, quer "dar" pra quem quiser o direito é todo seu, mas vir reclamar ou querer com isso tornar a pratica do aborto legal, o corpo gerado dentro delas também exige regras e direitos.
Terceiro, o pensamento geral que estão implantando em toda sociedade é que todo homem é machista e opressor, ora, me parece aí que quem está querendo impor uma verdade se esquece que com isso também imprime uma regra ou opressão. 
Quarto, há uma destruição completa do feminino assim como a destruição total do masculino. Basta olhar as fotos para ver mulheres em sua maioria masculinizadas, um simulacro de homem ou cópia um tanto imperfeita. 
Quinto, a briga delas na verdade não é contra os homens, vejamos isso transposto nas falas e cartazes e até mesmo no atitudes. Basta olhar como elas tratam a Deus e a religião, há uma transferência freudiana de frustrações pessoais para toda a natureza, a briga de tais mulheres é contra elas mesmas, pois não se aceitando como mulheres brigam com a sociedade e com Deus por terem nascido e com isso fazem de pobres e inocentes fetos seu dessabor e vingança.

Este ponto é o pior e mais dolorido, pois vemos ali uma sociedade doente, pessoas doentes, que não aceitam sua natureza e buscam com protestos e atitudes imorais revelar sua dor interna mais profunda, e através desta sociedade doente, vemos pessoas buscando o Poder usar destas mesmas para alcançar postos de Libertários e Herois.

Uma pessoa com valores morais reais e naturais é tratada como uma divergente, como algo irreal, como um déspota ou um tirano. Basta ver que muitas mulheres acreditam que os homens de verdade dominam o mundo e elas precisam dominar, ou precisam ter direitos Iguais. Direitos Iguais? Espera. Onde?

As mulheres se aposentam mais cedo, tem licença maternidade maior, tem direitos por lei garantidos. Será mesmo que são direitos iguais. Porque não as vemos protestando quando homens são também vitimas de assaltos, assassinatos.
Dona Teresa
Princesa Isabel

Desde de que o homem começou a escrever ou desenhar ele sempre traçou os Heróis como exemplo de atitude, de julgamento, de fortaleza ou de honra. Isso serve tanto para os homens como para as mulheres. Mas desde que o famoso Luminismo surgiu na França e basta leu qualquer livro de história sério, não os de padrão do MEC, que veremos quão falho foram os princípios de liberté, fraternité e igualité. Heróis foram meus pais que suportaram a inflação e os intempéries desta Republica falida e medíocre, heróis foram os homens e mulheres que atravessaram o Atlântico para vir pra esta terra e fazer história, heróis foram os homens e mulheres que deram a vida por verdades e valores que eles colocaram acima de tudo, tais como Justiça, Honestidade, Decência, Modéstia. Uma marcha que se tem este nome, "marcha das vadias", é no minimo uma ofensa as mulheres que foram obrigadas a trabalhar e deixar em seus lares seus filhos, por causa justamente do feminismo, por icultir que elas tinham que ter direitos iguais e estes tais direitos elas receberam, porque os homens foram pra guerra e elas tiveram que trabalhar, com isso o mercado reduziu os salários e ambos homem e mulher tiveram que ir labutar para sustentar a casa. Tal marcha envergonha todas as mulheres que dia após dia buscam aperfeiçoar-se, ofendem porque os direitos de "dar" seu corpo pra quem elas querem ou transarem com quem elas querem, chamam todas as mulheres a serem prostitutas, isso mesmo é isso que no fundo o desejo delas é serem prostitutas, tamanha a baixeza de tal comportamento. Envergonha as mulheres que tentaram formar a atual sociedade, mulheres como Dona Teresa Cristina (imperatriz esquecida), Princesa Isabel, tantas santas e mães que buscaram levar suas casas a serem conhecidas e ordenadas. 


Bem como os heróis de verdade nos dias atuais são tratados como retrógrados, tendo em vista que nesta terra Tupiniquim os modelos de heróis nascem nos big brothers, é de se esperar que daqui a algum tempo um estaremos nós sendo martirizados em praça pública sobre a alcunha de sermos Reacionários.





Mulheres de verdade não são feministas, são femininas, porque homens de verdade não são machistas, são homens, porque macho é pra animal e sou humano ainda faço uso da minha razão. 
Quer ser tratada como princesa haja como uma, pense como uma, viva como uma.













quinta-feira, 22 de maio de 2014

Homem Cagão


Tenho visto o crescente numero de homens frouxos e moles que  assusta.


Vamos começar por pelo simples fato dos homens que não comem cebola. 

Tais homens não comem cebola porque acham ruim e passam vários minutos separando as cebolas no prato porque simplesmente não gostam, não querem comer porque é ruim, e se obrigares o mesmo a comer é bem capaz de chorar. Sem falar que estes mesmos homens passam horas na academia puxando ferro, malhando mas não conseguem comer uma unica cebola. Sou do tempo em que comíamos de tudo e quem disse-se que não gostava, passava fome. Era impensável ver a mãe ter que fazer comida para fulano porque ele não gosta. Resultado, homens mimados que tomam "coca zero" e não tomam suco de laranja sem açúcar. 
Não sou refém disso, não gosto muito de arroz, mas como, não faço mimi, quando chego em algum lugar e tem o arroz para comer. Mulheres cuidado ao namorar um homem que faz muito mimi para comer!!! Cuidado, poderás sofrer no futuro com um mimado.


Temos ainda homens que não limpam o banheiro, realidade nua e crua, ele só vai parar de fazer "cagadas quando ele limpar as próprias cagadas" , ora como quer cobrar dos outros, e com certeza irá cobrar da futura esposa o banheiro limpo, quando ele mesmo não limpa, porque a mamãe limpou tudo pro bebezinho a vida toda e ainda afirmou: "Tadinho ele não sabe limpar o banheiro", quem não sabe limpar um banheiro também não sabe limpar o próprio orifício anal. 


O homem cagão está sempre com a percepção de que alguém cuida dele e precisa cuidar, se sente uma dor fica de cama, sempre esperando que alguém vai salva-lo na hora "H". Outro dia ensinava algumas coisas a alguns meninos eles não conseguiam ficar alguns minutos em pé, perguntei se eles não corriam, não brincavam, eles olharam para mim como que estranhando o que era correr, brincar na rua. Pasmo me lembrei de quando brincávamos de pé na bola, guerra de laranja podre, subir em árvore. Me deu medo do futuro ao ver isso, sabendo que estes meninos somente querem o conforto do sofá e do vídeo game, assim serão no futuro, buscadores de sofás e de vida mole e irreal e ainda irão falar que eis um bobo, com beicinho quando cobrares dos mesmos atitudes adultas. O máximo que tais sujeitos irão fazer é pedir para dormir porque tiveram que  trabalhar uma hora mais no dia anterior, se sentindo injustiçados por causa disto.


Um homem passa a ser um homem, quando aprende que não tem que fazer o que tem vontade, mas fazer o que tem que ser feito. Se é preciso lavar sua roupa, ele lava, se é preciso comer cebola ele come, se é preciso limpar o banheiro ele limpa, se é preciso segurar a dor ele segura. O homem só passa a ser homem quando ele acorda para  vida e se porta como homem, não como  um macho animal que continua grunhindo e resmungando ou fazendo mimi, simplesmente porque não foi notado.

Cristo suportou dores artros sem elevar a voz, sem reclamar, teve que abraçar a cruz ele abraçou, teve que tomar chibatadas ele aceitou, mostrou ali que homem de verdade se porta como homem com nobreza, realeza e virilidade. O homem deve ser homem - Esto Vir.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

CHAVES E AS PERSONALIDADES

Segundo a teoria psicanalítica clássica, cada personalidade de um sonho somos nós mesmos, pois é  a personalidade se entende a partir da leitura individual de cada sujeito. Ou seja cada vez que sonhas com alguém é como enxergas o individuo e não como ele é. Aplicando isso a um escritor, cada personagem que ele cria são suas características individuais que formam cada personagem. Se ele escreve um personagem malvado, ele manisfesta nestes personagens suas características pessoais de maldade, se eles escreve um mocinho ele escreve suas características pessoais de como ser mocinho. Não ficou claro ainda? 
Vamos entender melhor, quando o escritor escreve um personagem malvado, ele cria em sua mente as características do personagem e como ele será. Assim sendo ele manifesta neste personagem todos os seus desejos de maldade.

Vamos aplicar isso aos personagens do Chaves.

Chaves, menino órfão de 8 anos que vive numa vila. Na situação o mesmo não tem moradia, se esconde dentro de um barril, mas seu local de morada mesmo nunca vemos. Suas características: roupas limpas, mas surradas, vive com fome, maior desejo comer um sanduíche de presunto, sempre inventando algo para ganhar uns trocados, inocente, cria seus próprios brinquedos é feliz com o pouco que tem e sonha em ficar rico para ajudar todas as crianças do mundo, também é valente, se mete onde não é chamado e apanha do senhor Madruga sem assim deixar de gostar do mesmo pois entende que como este ele também foi uma vítima, muitas vezes das estrepolias dele com o Kiko.


Kiko, menino órfão de pai, 9 anos, mora na mesma Vila, situação de melhor qualidade que o Chaves, tem uma mãe, seu pai era marinheiro e morreu de um naufrágio. Suas características: roupa de marinheiro para manter as características da linhagem militar, tem todos os brinquedos que deseja e usa dinheiro com esbanjo, apresenta características de dificuldade de aprendizagem, extremamente mimado, egoísta, snobe, tem os brinquedos que deseja mas não tem criatividade para criar suas próprias brincadeiras, gosta de morar na vila, mas mesmo assim não quer demonstrar ou sublima seus sentimentos por comandos de Dona Florinda sua mãe, leva beliscões de seu Madruga por fazer coisas erradas e conta somente a metade para sua mãe e assim se safa da culpa.

Chiquinha, órfã de mãe, 9 anos, mora na Vila, menina esperta, aprendeu a se defender, do tipo moleca travessa, com não tem problemas com sua aparência adora se sentir uma miss, gosta do Chaves como namorado infantil por ver nele traços de um cavalheiro, esperta nos estudos mas pouco disciplinada, sabe armar coisas para levar vantagens, característica aprendida com o pai seu Madruga, brinca com os meninos com decência e tem ciume de ambos, muito embora sinta mais do Chaves, conta mentiras, finge dificuldades para se safar dos compromissos.

Dona Florina, viúva, não se diz idade de uma dama (risos), mulher de um marinheiro, que perde o marido cedo. Mora na Vila, mas tem vergonha do local, de  "nariz em pé", sempre buscando mostrar outra realidade ao filho Kiko para que ele não venha  a gostar da "Gentalha" (adjetivo dado aos pobres), nunca se arruma, sempre de avental e bobe no cabelo, estremante justiceira sem saber o real motivo, escondendo ou passando a mão na cabeça do filho Kiko, quando descobre algumas de suas travessuras fica com vergonha e o chama pelo nome.


Professor Girafales, professor que tem profunda vontade de que seus alunos possam um dia ser melhores, busca incutir em cada um o desejo de aprendizado, muito embora saiba das dificuldades, homem culto, elegante, polido um tipico cavalheiro. Seu coração palpita por Dona Florinda, com quem tem relacionamento que não desenrola. Romântico a moda antiga.





Bruxa do 71 ou Dona Clotilde, pobre mulher presa ao passado, tem parentes na França, busca um companheiro e vê em seu Madruga para o qual sempre lança indiretas. Sempre  suportando com gentileza os apelidos dados pelas crianças e ainda as mimando com doces e bolos.





Seu Madruga, viúvo, perdeu a esposa no parto da sua filha Chiquinha, sempre enrolado e fazendo "trambiques" para ajeitar a vida, deve 14 meses de aluguel mas não perde a esperança. Dorme no sofá para que sua filha fique com o quarto, sofre as pancadas de Dona Florinda injustamente mas não ousa levantar a mão a ela. Quando descobre as mentiras da filha corrige a mesma de imediato, muito embora não de bons exemplos, tenta ser o melhor educador usando frases e ditos populares para ensinar valores as crianças.


Seu Barriga, dono da Vila, homem de posses, o único rico de toda estória, simples, trabalhador, apesar de levar pancadas toda vida do Chaves, tem dó do garoto e tenta ajuda-lo. Sempre bem disposto e honesto, cobra de seu Madruga os 14 meses de aluguel, mas não o tira de sua residencia por saber das dificuldades do homem.


Bem deves estar se perguntando porque escrevi sobre cada um dos personagens, certo?

Resolvi escrever sobre eles para falar de coisas que andam esquecidas ultimamente. Vejo tantos por aí buscando revolucionar o mundo, brigando por seus direito (e aqui me refiro a direitos particulares que cada um cria pra si), direitos estes que se fazem somente para si e não para o bem comum. Estes personagens descritos acima, guardam ainda o tesouro de valores passados como Educação, Moralidade, Civilidade, Singeleza, Brincadeiras de Crianças que não vemos mais, Inocência, Cordialidade, Hombridade, Honestidade e Simplicidade. Poderia elencar mais tantas coisas que cresci vendo nestes programas que não se liga a nada no tempo atual em que tudo para ser bom está ligado ao sexo, violência, traição, morte, mediocridade, má educação e status. 

Vejo tantas pessoas que se nivelam ou se rotulam e fazem um personagem durar a vida inteira e nestes citados acima vemos que a normalidade do quotidiano é por de mais rica em diferença. Vemos valores em cada um dos personagens de Roberto Bolaños e não vemos em nenhum deles querer subjugar o outro.

Espero que com este post possa contribuir para que aprendamos mais a ser melhor do que a julgar o outro sem perceber suas riquezas. 
Que possamos fazer do festival da Boa Vizinhança um encontro a cada instante e não reduzir nossos dias a conversar por telas e mensagens. Que ao invés de termos nossa força voltada para o ataque ao outro seja para abraça-lo e começar uma boa conversa como no fim da tarde em Acapulco.

Que nossa vida seja cada dia mais a verdade de cada um de nós, não os personagens que temos assumido, devido aos medos, aos desejos de aceitação, as carências reprimidas, aos traumas e as nossas falsas verdades. Que no exercício quotidiano possamos levar o melhor para o outro e não nossos "personagens" que fogem da realidade. Que estejamos sempre dispostos e abertos para dar o melhor e não ficar cobrando ou exigindo do outro nossa felicidade. Que saibamos suportar com alegria as intempéries da vida, mesmo que não tenhamos aquilo que queremos. A exemplo do Chaves sejamos feliz com o sanduíche de presunto e não soframos com aquilo que ainda não temos. Que nossa felicidade seja em estar com os amigos e não com uma tela fria em sem vida de um Smartphone, tablet, computador. Que possamos chorar do nosso jeito, na parede da escada, e esperar a bola quadrada. E que acima de tudo possamos cantar nossas histórias e vivencias.

Pois se "VOCÊ É JOVEM AINDA, JOVEM AINDA JOVEM AINDA.
AMANHÃ VELHO SERÁ, VELHO SERÁ
AO MENOS QUE NO CORAÇÃO SUSTENTE
A JUVENTUDE QUE NUNCA MORRERÁ"


terça-feira, 13 de maio de 2014

Retalhos da Vida

O que o medo faz, já escrevi um pouco, como o belo deve participar do nosso quotidiano tenho ainda muito que escrever. Mas gostaria de refletir hoje sobre como temos pouco conhecimento de nossos talentos, de nossas coisas, de nossas histórias.
Hoje saí para visitar uma amiga e como ela não se encontrava, parei e fiquei conversando com o seu irmão que é estofador. Ficamos conversando e vi um roupeiro antigo no fundo da estofaria, como gosto de antiguidades resolvi saber da historia do roupeiro. 

Junto a história do roupeiro fui conversando sobre o trabalho dele, buscando saber o que ele fazia, perguntando coisas etc.  Descobri que o mesmo tinha muitos retalhos de tecidos de antigos trabalhos guardados, como sou designer de Interiores, também fui dando dicas de estofamento, de trabalhos de reaproveitamento de como ele deveria traçar metas, projetos, otimizar o que ele tem. 

Bem isso pode parecer tão pequeno, tão ínfimo, mas ele me disse uma coisa surpreendente, ao menos para mim. Que dentro de casa havia mais malas cheias de retalhos.

Depois desta introdução quero iniciar minha reflexão.

Quantos retalhos de Tua vida estão guardados dentro das malas de seu coração? De sua vida?

Estes retalhos guardadas nos roupeiros da vida, nossas historias, retalhos de histórias, de lembranças, de vivencias, de experiencias, de amigos que já se foram, de amigos que não vimos mais, da escola, das brincadeiras são estas "coisas" que guardamos ou deixamos de lado  que às vezes temos que abrir novamente e retirar das malas, retirar os retalhos, e pegar uma poltrona nova, um sofá novo ( que são nossas escolhas diárias, nosso projetos e sonhos), e iniciar uma nova forma, usando tudo que tínhamos nas malas, aquilo que considerávamos restos, coisas, somente coisas.

              Podem aparecer retalhos dolorosos, retalhos felizes, mas cabe a ti somar cada um, misturar os retalhos pois quanto mais colorido ficar, mais vivo e diferente será e justamente este colorido é que te faz ser único, especial.

              Ah! Como me fez bem conversar com aquele amigo, que por sinal tinha um apelido que faz bem emprega-lo agora, "Prego", este era o apelido dele, o mesmo prego que ele usa para fazer seus sofás, que usamos para construir casas, pregar quadros, fotos. E o Mal usou pra pregar meu Jesus na cruz, mas isso pra mim foi um benefício de lá daquela cruz saiu o bem que eu precisava. Mas isso é uma outra história!

              Para encerrar esta manhã maravilhosa que tive, vi a filha de minha amiga com mais duas crianças brincando, fui ver o que estavam fazendo. Como estavam desenhando, resolvi desenhar também. Desenhei uma casinha, um quarto e uma cozinha. Elas já logo se mostraram tão felizes, por tão pouco foram ali me dizendo o que eu devia desenhar em cada comodo. Espero ter me transformado num retalho na mala da vida para estas crianças.

Por ser Católico creio que todo mundo tem dentro de si pelo batismo a força de Cristo, como Ele é sumo Bem, também creio que temos a bondade e bem como nossa principal raiz, mas as intempéries da vida e nossas mas escolhas e histórias fazem muitas vezes emergir o que é ruim.
Mas aquele retalho ruim, pode ser somado aquele desenho feliz, junto aquele retalho feliz, com aquela história feliz e assim misturando tudo podemos revelar nosso potencial. Experimente visitar alguém, uma asilo, um amigo desanimado, dar um abraço, sentar com crianças para brincar. Te surpreenderás com o que isso vai fazer com tua vida.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Hábito Faz o Monge

Bem diz o ditado que o hábito faz o monge. Gostaria de falar hoje sobre a vestimenta e como o modo de se vestir influencia em nosso comportamento, pensamento, atitudes. 

Outro dia fomos apresentar um trabalho a Faculdade e minha equipe se propôs a todos irem vestidos de social. No dia da apresentação todos estranharam do porque de tal vestimenta, meu argumento foi que no mercado de trabalho e no business (cursamos Administração) dependendo do ambiente é preciso usar roupas mais formais e que para qualquer entrevista de emprego uma roupa mais alinhada causaria já de inicio uma boa impressão.

O interessante é que alguns colegas ficaram extremamente envergonhados de se vestir de maneira social como se isso fosse um monstro ou um problema. Um até mesmo disse que o pessoal de sua iria perguntar o que estava acontecendo com ele. Vejamos, primeiramente qualquer cargo de auto padrão para um executivo exige que o mesmo vista um terno, nos vemos isso como questão de status e está tão enraizado em nossa cultura que este não é nosso padrão que acabamos assumindo como não ser um precedimento correto. Segundo quem já usou calça social sabe muito bem o conforto dela ao invés do Jeans, mas este está tao enculturado que parece que se não usares jeans não estás no padrão. 


Porque escrevo isso?
Simples pelo simples fato de que é preciso saber se vestir e estamos chegando ao fundo do posso culturalmente e isso tem atingido até mesmo nossos guarda roupas. Não sabemos mais identificar o espaço e o local. Apresentações de trabalhos acadêmicos feitas de boné, camiseta e bermuda. Não falo quem gosta de usar, mas é princípio básico de qualquer curso de oratório que o jeito como tu te vestes interferirá em como as pessoas vão prestar atenção. Quando se fala em regras de etiqueta não são para uso de humilhação, mas para nobreza e gentiliza. Além do que uma pessoa bem vestida denota responsabilidade e conduta.


Esta briga de querer descumprir as regras tem se formado e estabelecido tão fortemente que muitos já fizeram dela uma regra, e que ousa quebrar a regra de quebrar as regras é tachado de reacionário, metido, chato. 
Nossa cultura nacional padece de pessoas que saibam apontar caminhos que elevem o homem novamente ao status de cabeça e ordeiro, de polidez e sensatez, a uns cinquenta anos atrás todo homem teria seu terno e sua gravata e isso não era sinal de burguesia ou snobe, mas era sinal de que o rapaz deixara de ser menino e passará a ser um homem e para tal precisava saber como se vestir e se portar. 

Na foto acima vemos dois modelos diferentes. O da esquerda é um costume, pois não vemos nele o colete. Já o da direita é um terno, pois está completo com calça, colete e paletó.
A seguir as combinações de sapatos e meias para as devidas vestimentas.





sábado, 10 de maio de 2014

Cavalheirismo e Masculinidade Cristã

Lou Whitworth
Cavalheirisimo-e-masculinidade-cristã C. S. Lewis escreveu sobre dois impulsos opostos que normalmente são encontrados em indivíduos diferentes - bravura e gentileza - e que formam a síntese ideal na figura do cavaleiro medieval e seu código de cavalheirismo.

Se uma dessas inclinações dominasse por completo, perder-se-ia o equilíbrio necessário para uma autêntica masculinidade cristã. Força e poder sem benevolência, por exemplo, resultariam em um homem bruto. Ternura e compaixão sem a firmeza masculina produziria um homem sem o fogo para liderar e inspirar os demais.
Manter o equilíbrio certo entre os impulsos de poder e agressão e a necessidade de ser gentil e compassivo é um desafio para os homens. Numa época de confusão de gêneros e confusão social-espiritual como a nossa, onde os violentos ameaçam a sociedade, é preciso diretrizes claras e modelos que possam inspirar os homens a canalizar sua agressividade para propósitos construtivos.
A metáfora do cavaleiro medieval tem seu valor por estimular a imaginação, com seu código de honra e seu chamado à coragem. No ensaio de C. S. Lewis "A Necessidade do Cavalheirismo", ele descrevia o ideal medieval do cavalheiro como um paradoxo: esse ideal ensinava a humildade e tolerância aos grandes guerreiros e exigia coragem dos homens modestos.
O cavalheirismo provê os homens com ideais nítidos - a visão de masculinidade, o código de conduta e uma causa transcedente - além de um processo de avanço de pajem a cavaleiro com cerimônias de celebração e validação.
As cerimônias são importantes por marcar os eventos da jornada rumo à maturidade para que se tornem inesquecíveis. Depois de disciplinas físicas, mentais e religiosas elaboradas, sob as quais o pajem se submetia, nenhum cavaleiro tinha dúvida - "sou um cavalheiro?" - porque tal questão estava para sempre resolvida pelas cerimônias em presença de outros homens.
Lewis escreveu: "Uma das grandes tragédias da cultura ocidental de hoje é a ausência desse tipo de cerimônia... Eu não conseguiria descrever o impacto na alma de um jovem quando um momento importante de sua vida era para sempre tornado memorável e venerado através de uma cerimônia."
Há estágios naturais na vida de um jovem que se prestam para celebração: a puberdade, a graduação escolar e a maioridade. Esses estágios encontram equivalência nos estágios da vida de um cavalheiro: pajem (aprendiz de cavaleiro aos 13 anos), escudeiro (auxiliar de cavaleiro) e ordenação (quando o escudeiro se torna um cavaleiro).

Os ideais do cavalheirismo compreendem a visão de masculinidade, o código de conduta e uma causa transcedente. A visão de masculinidade rejeita a passividade, incentiva à coragem e à busca de grandes recompensas. Esse é um caminho ideal para direcionar a agressividade inata dos homens.
O código de conduta almeja as virtudes bíblicas de lealdade, graciosidade, humildade, pureza, serviço, liderança, honestidade, auto-disciplina, excelência, integridade e perseverança. O cavalheiro dá valor ao trabalho e ao estudo, e, evitando a preguiça, solidifica sua ética de trabalho. Outro aspecto do cavalheiro é o de se dedicar à uma mulher. O código de cavalheirismo requer que todas as mulheres sejam tratadas com respeito e honra.
A causa transcedente é obedecer à vontade de Deus. Os homens desde cedo devem compreender a vida como algo inerentemente moral e compreender que há Deus, que sabe de tudo, recompensa o bem e pune o mal. Desde cedo devem aprender que há valores absolutos e que os mandamentos de Deus são libertadores e não coercitivos.
Lewis declarava que "A verdadeira satisfação na vida é diretamente proporcional à obediência à Deus. Nesse contexto, os limites morais revelam uma nova perspectiva: se tornam benefícios e não encargos."
A vida de uma pessoa não é satisfatória se for vivida apenas para si mesma. Jesus afirmou que ao dar sua vida, você encontrará sua vida. Assim, dedicar sua vida à causa transcedente - Jesus - que é maior que sua própria pessoa, é o caminho para uma vida feliz e completa. A causa transcedente é verdadeiramente heróica - uma busca que exige bravura e sacrifício. É verdadeiramente atemporal - tem significância além do momento. E é supremamente importante - não fútil.
Depois de uma vida no estudo de culturas e civilizações antigas e modernas, a eminente e controversa antropóloga Margaret Mead fez a seguinte observação: "O problema central de toda sociedade é definir papéis apropriados para os homens."
O autor George Gilder teve inspiração similar quando declarou que "Sociedades sábias provêm amplos meios para os jovens rapazes se afirmarem sem afligir os outros."
Os homens precisam de papéis apropriados que sejam considerados de valor e de inspiração para desempenhá-los. Isso é verdadeiro porque os homens são psicologicamente mais frágeis que as mulheres e sofrem mais com sua identidade do que as mulheres. Os homens, mais do que as mulheres, dependem da cultura. Por isso é que é importante ter uma visão cultural de masculinidade.
Na sociedade moderna ocidental, os rapazes realizam sua jornada à maturidade sem uma visão clara do que realmente seja a maturidade. Se eles ficam fora de controle, toda sociedade sofre. Ao declínio do cavalheirismo, que inspirava o "jogo limpo" e a esportividade, corresponde um aumento paralelo da atitude insultosa e de "ganhar a qualquer preço". Onde não há visão, as pessoas perecem (Provérbios 29:18).
Há um aspecto de tudo isso que precisa ser enfatizado. Para inspirar os jovens a se tornarem cavalheiros modernos, é necessária a companhia de homens devotos - a Távola Redonda. Como escreveu Robert Lewis em seu livro "Raising a Modern-Day Knight: A Father's Role in Guiding His Son to Authentic Manhood": "os rapazes se tornam homens em uma comunidade de homens. Não há substituto para esse componente vital... para seu filho se tornar um homem, a comunidade deve ser convocada. Se a presença do pai já é significativa, a presença de outros homens será ainda mais... e a comunidade dos homens resultará em uma amizade mais profunda que os solitários nunca experimentam e essa comunidade expandirá os recursos espirituais e morais de seu filho."
Segundo Christopher Chantrill, estamos numa sociedade de adolescentes. Desde os anos 60, a etapa de adolescência se estendeu para além dos 18 anos. Não há mais cerimônias que marcam a passagem para a idade adulta. Os jovens são educados apenas para a produtividade econômica. Os jovens são bombardeados com a ideia de que violência não resolve nada ao mesmo tempo que são bombardeados com a violência virtual na mídia.
Fonte: Pensadores Brasileiros


Contribuição do Confrade André Castelo Souza 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

O Senso de Educação




                   Primeiramente uma pergunta. Quantas pessoas desejas-te bom dia?
Pergunta simples mas essencial iniciar. Sabe, ando refletindo sobre tudo que está acontecendo a nossa volta. Duas pessoas estão conversando em um corredor ou praça, de repente do nada alguém atravessa no meio delas sem ao menos pedir com licença.


                   Bem até aqui podes continuar conversando numa tranquilamente. Mas a questão é que falta de educação atingiu níveis endêmicos, estamos que quase como zumbis que ao morder um outro este se transforma automaticamente em um mal educado. Aos meus confrades homens, que já não sabem mais abrir uma porta para suas namoradas, mulheres, amigas, gostaria de lhes fazer num convite franco para voltarmos a ser cavalheiros. Deixando nossas damas passarem a nossa frente como senso de defesa, a tirarmos os casacos se estas estão com frio, a segurar as bolsas se estão pesadas. Isso já refleti no texto anterior é a culpa do feminismo ala Simone de Beauvoir se não fizemos mais, pois com princípios marxistas criou rivalidade e competição entre classes.

                   E as nobres Femmes, que perderam o bom senso de comportamento e confundiram direitos iguais com fazer tudo o que o homem (e a aqui falo de homem escroto) faz. Bebedeiras, vestimentas completamente masculinizadas, palavrões, arrotos, empurrões, desvalorização do próprio corpo, exposto como produto de playboy e pornografia.

Mas voltemos ao texto. Vamos falar de ETIQUETA, palavra que derivada de ÉTICA, palavrinhas esquecidas nos dias atuais em nossa tão amada nação. Pois é etiqueta não é coisa para gente rica ou para aparecer, são regrinhas bem pensadas para podermos viver civilizadamente. Exemplo, quando estiveres passeando com sua avozinha na rua ela deve estar do lado de dentro da calçada, para evitar qualquer acidente ou ser protegida. Mais uma dica para ajudar, quando o professor está falando é bom ficarmos em silencio pois ele é um só, além de ser super chato falar ao mesmo, pois ninguém gosta de ser ignorado. Não quero nem tocar no assunto celular, boné me sala de aula, tablet, ipad etc.


Para nos ensinar o belo e o bom que serve a etiqueta, para sermos gentis, cordiais e melhores. Os homens como falei anteriormente, vamos voltar a ser bons cavalheiros em nobreza de fala e comportamento. Já as damas que tal trazer a feminilidade e a delicadeza de vossas almas, esquecidas nas literaturas, para o cotidiano.
Saber sentar-se, saber portar-se, saber conversar e ter bom senso nunca fez mal a ninguém, ao contrário elevou o ser humano a ser diferente de todos os outros animais, do contrário estaríamos comendo de boca aberta, se já não estamos quase fazendo isso novamente daqui a mais alguns anos, pois coisas piores já estão feitas nas ruas e carros em esquinas.

Qual mulher não se sentiria valorizada se seu esposo ou namorado não lhe puxasse a cadeira para ela sentar antes dele? Qual homem não se sentiria valorizado se sua esposa ou namorado agradecesse a cada gesto gentil com um beijo suave? Qual pessoa não se sente valorizada se pedes licença e por favor? Quem gosta de ter a fila furada ou do "jeitinho brasileiro" mal educado de ser?

A final:

terça-feira, 6 de maio de 2014

Medo





Medo


Uma palavra tão pequena, mas com uma estrutura tão forte que é capaz de destruir uma vida.
Existem pessoas que passam seus dias com vontade de fazer coisas, mas  uma força as impede, um pensamento, um lembrança. Muitas ficam no será que vai dar certo e acabam por desistir de sonhos, de projetos, de estruturas de vida.


Há quantas vezes já fui em velórios e as pessoas ali choravam a saudade ou a falta que a pessoa iria fazer. Mas ninguém lembrou dos fracassos, dos medos, dos sonhos que ali se acabavam. Lembro-me ainda do falecimento de uma amiga minha, Dona Sílvia, que numa noite conversava conosco, riamos, brincávamos e não sabíamos que na manhã seguinte ela não estaria mais conosco, daria o ultimo suspiro segurando minha mão.

Escrevi sobre isso para lembrar o que Santa Teresinha de Lisieux já dizia: "Minha vida é um brevíssimo segundo". E é justamente assim que se passa nossa vida, num brevíssimo segundo, são coisas tão clichês que já não nos damos mais conta ou fizemos questão de abafar. Numa sociedade que preza somente pelo vazio, pela informação, pela aparência esquecemos muitas vezes de nossa capacidade de superar as coisas e sair da escuridão do medo. 


Pergunto a ti meu amigo que está lendo este texto. Qual o teu sonho? O que deixas-te de fazer por causa do "si" ou do "será"? 
Pegue um papel e coloque teus sonhos ali escritos e não faça como a maioria que responde que foi por culpa da vida ou por falta de oportunidade. Pergunte a si mesmo se não foram  tuas escolhas que te fizeram ficar parado a beira do caminho. 

Não sei o que se passou na cabeça de minha amiga Dona Sílvia, mas sei que todos falaram que ela era uma pessoa com valores e amor como ninguém. Mas naquele exato momento vi em seus olhos, e foi o que mais me marcou, a sensação de que ainda haviam coisas que ela queria fazer e o neto que há muito ela não via e queria ver. Sei que naquele dia morreram sonhos, projetos e histórias.

Bem quando falo em sonhos podem parecer coisas grandes, projetos grandes, mas hoje mesmo vi uma amiga que me dizia que comprou uma moto fazia um mês e ainda não conseguia andar por medo. Conversamos sobre isso e ela disse que iria vencer isso porque ela sabia que a origem do medo se dava justamente dos filhos que zombavam dela querer andar de moto. Este é outro fator que levamos em conta, as pessoas e o que elas vão pensar de nós. 

Para isso basta um pouco de olhar para si. As pessoas que zombam de ti, não vivem sua vida, não sabem de sua força interior e não sabem da sua vontade. Se elas tem força para te colocar em situação de parada é porque seu sonho não era tão importante, não as culpe. Mas se seu medo se apresenta mais forte quando elas zombam e reages achando desculpas para não continuar eu te pergunto: Vais suportar passar a vida inteira se questionando "se eu tivesse feito?".


sexta-feira, 2 de maio de 2014

Para onde tende seu coração


               Vou iniciar este post buscando fazer uma reflexão sobre a busca da felicidade e da verdade, não quero aqui fazer nenhuma explanação filosofica ou teologica, mas uma reflexão pessoal.
Em muitas das conversas que tenho com amigos percebo o quanto nossos conhecimentos tem sido fundamentados em sentimentos ou sensações que temos de algo. Quantas vezes já conversei com pessoas que acham que o divino ou Deus são algo que não cabe pra quem faz uso da razão. Ora pois é justamente o uso da razão que nos leva ou nos apresenta um caminho de desconstrução daquilo que temos como "verdades". O método científico que conhecemos sempre primou pela observação e, mensuração, seja quantitativa ou qualitativa. Mas busca na teoria do bigbang verdades, tem ela como dogma. Podemos observar racionalmente que ninguém estava no dia do bigbang para medir, observar e ainda temos um outro principio que precisa ser posto além. O que havia no nada? Parece ilógico vermos isso, mas para algo existir é preciso antes termos algo.
               Bem não é aqui que quero pautar meu pensamento, mas antes denotar quão grave é a crise humana, o quanto estamos deixando de usar o método racional de observação. Basta olhar quantas pessoas brigam para poder satisfazer cada um a sua vontade, tendo nisso um algo que chamam de principio de liberdade, se tudo tende a isso, logo logo teremos que ter um código de civil para cada sujeito ou sujeito a cada pessoa.
               Segundo Aristóteles em Ética a Nicomaco, toda nossa moral tende para algo que nos quer fazer feliz, que nos quer preencher, e nesta busca incessante da felicidade o sujeito toma vícios, coisas, mas quando ele percebe que estas mesmas coisas não o satisfazem ele volta o olhar para si, e é justamente neste retorno a si que consegue ver o quão desesperado por uma satisfação interna ele estava que precisou preencher o vazio com coisas. Um exemplo clássico disso são os acumuladores que podemos ver em programas de TV ou pesquisas dos EUA.

O coração do homem tende sempre para o belo o bom o nobre, mesmo que ele não o saiba ou não o faz, pois mesmo quando ele rouba o principio ou a energia psíquica que usou para o roubo é no mais profundo algo bom, o uso desta energia para tirar algo de outrem que se denota como um erro moral. Pois o coerente seria ele trabalhar, suar seu rosto para usufruir do benefício que ele almeja.

Não existe nenhuma mulher que não busque se arrumar, a não ser que ela sofra de algum distúrbio psíquico ou de alguma perseguição, mas todas a mulheres buscam a beleza. Infelizmente o conceito de beleza e estética no mundo moderno tem se esquivado para longe do racional e partido cada vez mais para apenas o uso da sensação, prova disto que são raros os artistas que pintam, desenham, escrevem dentro da proporção áurea, também chamada de proporção divina.

Bem neste ponto que chego, a proporção divina, ou seja o conceito de belo alcança seu ápis quando ele tem um modelo de beleza, que Agostinho irá afirmar ser Deus, Platão apontará também para Deus, pois ele tornando assim a moral a ética e qualquer valoração eterna. Tirando pois a moral de algo Ideal (princípio platônico) temos então destruído qualquer modelo de beleza, de ética e de valor. Assim pendendo o coração do homem mais uma vez somente para a busca da satisfação de si e não mais a busca da Felicidade que se encontra no eterno. Assim vemos então perder a cada dia mais os valores como gentileza, pois primeiro me sirvo eu, perdemos os valores cavalheiriços, pois as feministas clamam por direitos iguais e aqui se inclui tudo ( inclusive de um homem a tratar uma mulher como um outro homem), e o ser honesto, pois já que uns fazem algo errado eu me dou o direito de também faze-lo. Poderia citar mais uma infinitude de exemplos, mas me atenho a estes para a reflexão de hoje.

E termino: Para onde Tende seu CORAÇÃO?


Agradeço meu confrade, Vinicius Fernandes, pela conversa que me inspirou este texto.

Postagens populares