Bem amigos, depois de um tempo sem escrever resolvi retorar, senti
saudades de escrever, precisei de um tempo pra refletir e colocar a mente para
ter um ócio criador.
O título do ensaio pode parecer estranho,
mas quando falo em Rei neste momento, quero falar de valores.
A figura do Rei sempre aparece como o
norteador de alguns valores, sejam eles morais ou imorais, na literatura. Vemos
o exemplo disso em o Senhor do Anéis, Robin Hood, Rei Arthur e etc. Tal leitura
não nasce do acaso, basta entendermos a filosofia medieval e católica e que norteia
toda a cultura. A filosofia católica tem seu fundamento na filosofia de Platão
que aponta para um único modelo de qualquer coisa (res), para um objeto em si,
tendo em vista que tudo o que vemos neste mundo são sombras da realidade e no
Mundo da Ideias temos a realidade de todas as coisas. O Mundo das Ideias de
Platão, não é um mundo imaginativo, mas um mundo real donde surgem todas as
coisas, onde ele inicia uma grande leitura de toda a natureza e da
personalidade humana. Pois segundo o mesmos, as coisas precisariam ter
identidade e também pessoalidade. Um copo como o vemos tem vários formatos, mas
no mundo das Ideias ele teria o formato em si, a forma pura, a realidade dele
lá se encontra inalterada. Partindo deste princípio, no mundo teríamos também
que termos formas em si, realidade em si, coisas que evocassem aquilo que é o
Belo.
Nisto entra a figura do Rei, como entidade
moral, como norteador e apontar de tudo que é belo e bom.
Num país como o nosso, onde a classe política se encontra sempre brigado por
poder e por dinheiro, vemos esta realidade se tornar cada vez mais palpável no
quotidiano, no sujeito que quer "furar" a fila, no avanço de sinal,
no lixo jogado ao chão para dar "trabalho" ao gari, no roubo de água,
no JEITINHO BRASILEIRO, que não passa de pura malandragem ou sacanagem.
Como não temos um Ente Moral, ou um
Princípio norteador ou quem aponte o caminho, tendo em vista que muitas de
nossas autoridades religiosas, também se encontram na mesma linha moral,
acabamos por destruir a cultura, destruir a língua, destruir a educação
(confundido educação com alfabetização). Os pais se mitigaram a sustentadores e
o Estado ao Legislador, Juíz e Educador.
O Pior ainda está por vir, pois depois de
Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, com seu existencialismo, o outro passou
a ser meu inferno, e por isso deve ser destruído. Assim temos a destruição da
Moral e da Ética.
Ética uma palavra em voga nos últimos
tempos, uma ética laica e ateia, como se fosse possível criar este espectro.
Pois se a ética é pautada por princípios eternos, como vemos no cristianismo,
no ateísmo e laicismo ela é pautada no ser humano, ou seja, muda conforme o
vento, assim sendo hoje é proibido matar, amanhã, conforme a cultura que surgir
de alguém ou de alguma coisa pode ser normal. Não existe e não tem como
promovermos uma cultura laica e encarcerar a religiosidade do sujeito as
paredes de seu quarto, pois as regras que se levantam no dia-a-dia, são intimas
e pautadas pelos valores que trazemos de casa. Entretanto como em casa já não
se tem mais valores, está balançada a moral e sujeita a se implodir.
Nestas horas, tenho saudade de Narnia e de Aslan.
"No mundo de vocês, eu
sou conhecido por outro nome" - Aslam em Nárnia
Não escreverei com o português reformado,
pois não seria português, mas uma língua inventada por pedagogos e professores
que querem destruir o passado com o intuito de inventar uma nova alguma
coisa.
Continua...
Continua...
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