Durante vida inteira elas podem ficar soterradas em mascaras de fortaleza, em caixões de confusão, ou mesmo em meio a arrogância. São elas parceiras únicas, que conhecem melhor os olhos, que buscam no silencio ou no gemido rolar pelo solo árido ou sufocado do rosto triste.
Ah! Parceiras ditosas, que muitas vezes libertam, remodelam o coração, desestabilizam o coração mais empedernido ou amolecem a dura carranca.
São elas muitas vezes doces, como o mel, vindo acompanhadas de amores, de sonhos realizados, de encontros, de curas, de vitórias. Doces pois podem vir acompanhadas de vida, de histórias de finais felizes.
Entretanto, pode ser o inverso, vindo acompanhada de amarguras de traição, do sonhos perdidos, do desencontro e abandono, da morte, da perda. Podem ser amargas como o fel com histórias que terminam ceifadas, destruídas.
Muitos a usam como esperteza de Judas, como atores para conquistas, para ludibriar, fingindo falsa comoção ou arrependimento.
Elas não escolhem por onde escorrer, elas se deixam livres, rolam e caem onde quiserem. Molham outras faces amigas, molham também ombros. As vezes, ou quase sempre acabam molhando o coração, pois ali encontram um leito, que pode estar solitário ou com medo.
Outras vezes elas tocam o infinito e neste infinito, tocam o Criador.
Bem, elas são companheiras, pois são as que vejam junto o que vemos, são elas que se assustam, amam. No momento de maior emoção elas não resistem e se sacrificam para poder aliviar aquele que as carregou.
Se não fossem elas; o escondido coração muitas coisas não resistiria.
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